A soja no mercado nacional
Uma das culturas mais importantes da agricultura e líder de produção no Brasil, que é um dos maiores produtores mundiais do grão.
O que você precisa saber
O aumento de produtividade da cultura da soja está relacionado ao melhoramento genético e as práticas de manejo refinadas pelas novas tecnologias.
Por ser uma fonte substancial de proteína e óleo, a soja é uma das culturas mais importantes para atender às demandas da alimentação humana e animal. Isso torna a soja um dos grãos mais cultivados no mundo.
No Brasil, a área plantada de soja representa quase metade de toda a área destinada à produção de grãos. Portanto, a cultura da soja é a mais importante do agronegócio nacional.
O aumento de produtividade obtido nas últimas décadas da cultura varia, em média, de 9 até 40 kg/ha/ano. Este aumento está principalmente ligado ao melhoramento genético e as práticas de manejo que vêm sendo refinadas através da adoção de novas tecnologias. E para suportar este incremento de produção é fundamental que o programa de adubações a ser aplicado leve em consideração o fornecimento de nutrientes de maneira equilibrada e assertiva, englobando os Macronutrientes e os Micronutrientes.
Neste sentido, a Cibra conta com fertilizantes diferenciados para atender às necessidades das lavouras de soja, como o BaseFort e o CibraMix.
O BaseFort fornece altas concentrações de Fósforo (P) e quantidades equilibradas de Nitrogênio (N) e Enxofre (S) em um único grânulo de fertilizante, que são ideais para o estabelecimento e a produtividade da lavoura de soja. Já quando o assunto é o equilíbrio de micronutrientes, temos a linha CibraMix que conta com diversas formulações N-P-K somadas à micronutrientes de liberação e concentrações equilibradas, trazendo mais produtividade para o cultivo da soja.
Principais Deficiências
Main Deficiencies
Deficiência de Nitrogênio (N) na Soja
A importância do nitrogênio (N): Nas leguminosas, o nitrogênio atmosférico é fixado simbioticamente em amônia nos nódulos radiculares e transportado como íon amônio. Integra a molécula de clorofila, atua na fotossíntese.
Atua na síntese e é integrante de proteínas, no pegamento de flores, aumenta o número e a retenção de vagens. Aumenta diretamente a produtividade, aumenta o peso (densidade) de grãos. Aumenta o teor de óleo dos grãos.
A deficiência de nitrogênio (N) se apresenta nas folhas de forma que passam do verde-escuro, a um verde-pálido com leve amarelado, evoluindo até todas as folhas se tornarem amarelas. Este sintoma aparece primeiro nas folhas do baixeiro mas espalha-se também para as folhas superiores.
O sintoma aparece, por último, nas folhas novas porque o N é um elemento extremamente móvel na planta, sendo translocado dos tecidos velhos para as folhas novas. O crescimento da planta é lento, com plantas menores e de baixa produção e causa baixos teores de proteínas nos grãos.
Deficiência de Fósforo (P) na Soja
A importância do fósforo (P): Íntegra a molécula de ATP, atua no fornecimento e armazenamento de energia. Atua na fotossíntese e respiração.
Estimula o crescimento e a nodulação das raízes e aumenta a eficiência da FBN (Fixação Biológica de Nitrogênio). Atua na altura de planta e de inserção da primeira vagem.
A deficiência de fósforo (P) muitas vezes não são bem definidos. Normalmente são caracterizados nas folhas maduras por uma cor verde-escuro, mas os sintomas principais são o crescimento lento, com plantas raquíticas, de folhas pequenas e muitas vezes verde-escuro azuladas. Em função da alta mobilidade do fósforo (P) na planta, sob condições de deficiência ocorre a transferência do elemento das folhas mais velhas para as mais novas, esgotando as reservas de P nas folhas mais velhas, onde o sintoma aparece primeiro.
Deficiência de Potássio (K) na Soja
A importância do potássio (K): Atua na formação, translocação e metabolismo de carboidratos. É responsável pelo uso eficiente da água, regulando o movimento enzimático. Atua na translocação de água e nutrientes, auxilia a planta a tolerar a deficiência hídrica. Promove maturação mais uniforme da cultura.
A deficiência de potássio (K) para este nutriente normalmente pode ocorrer o que conhecemos como “fome oculta”, ou seja, a redução na taxa de crescimento da planta com redução da produção de soja.
Em casos de deficiência mais severa, o aparecimento dos sintomas visuais começam com um amarelado nas bordas dos folíolos das folhas da parte inferior da planta. Estas áreas avançam para o centro dos folíolos, dando-se então o início da necrose destas áreas nas bordas dos folíolos. As plantas com deficiência de potássio produzem grãos pequenos, enrugados e deformados e a maturidade da soja é atrasada, retenção foliar e vagens chochas.
Deficiência de Cálcio (Ca) na Soja
A importância do cálcio (Ca): é integrante da parede celular, atua na permeabilidade da membrana celular. Age no crescimento e na germinação dos grãos de pólen. Atua no crescimento do tubo polínico. Essencial para o crescimento e aprofundamento das raízes.
A deficiência de cálcio (Ca) ocasiona a redução de crescimento do tecido meristemático no caule, na folha e na ponta da raiz. A deficiência normalmente aparece primeiro nas folhas novas e nos pontos de crescimento, consequência da imobilidade do cálcio na planta.
A emergência das folhas primárias da soja deficiente em cálcio é lenta e quando as folhas emergem elas já crescem deformadas (folhas encarquilhadas).
Deficiência de Magnésio (Mg) na Soja
A importância do magnésio (Mg): é essencial para a fotossíntese; é componente da clorofila, pigmento verde, participante ativo do processo fotossintético e auxilia a absorção de fósforo. Aumenta a FBN (Fixação biológica de nitrogênio). Aumenta o N-protéico e diminui o N-mineral na planta.
A deficiência de magnésio (Mg) causa inicialmente uma cor verde-pálido nas bordas, passando após para uma clorose marginal nas folhas mais velhas, e evoluindo para entre as nervuras. O amarelecimento começa pelas folhas do baixeiro avançando até as folhas jovens. Isso ocorre pois o magnésio (Mg) é móvel na planta.
Deficiência de Enxofre (S) na Soja
A importância do enxofre (S): Componentes dos aminoácidos sulfurados (cistina, cisteína e metionina). Aumenta a eficiência da FBN (Fixação biológica do nitrogênio). Melhora a incorporação do N fixado. Atua na formação dos grãos.
A deficiência de enxofre (S) é muito similar a da deficiência de nitrogênio. Ocorre uma clorose geral das folhas, incluindo as nervuras, que de verde-pálido evoluem para o amarelo. Os sintomas iniciam-se nas folhas novas, enquanto na deficiência de N os sintomas iniciam-se nas folhas velhas.
As plantas deficientes são pequenas e de caule fino. A análise de folhas das plantas também pode ser uma ferramenta útil na identificação da deficiência.
Deficiência de Boro (B) na Soja
A importância do boro (B): atua na divisão e elongação celular. Atua na germinação dos grãos de pólen e no crescimento do tubo polínico.
Atua no transporte de açúcares, amido, nitrogênio e fósforo. Participa na formação dos grãos. Importante para a germinação das sementes.
Os sintomas de deficiência de boro (B) aparece inicialmente causando um anormal e lento desenvolvimento dos pontos de crescimento apical. Os folíolos das folhas novas são deformados, enrugados, com frequência ficam mais grossos e com cor verde-azulado escuro.
As folhas e os caules tornam-se frágeis, indicando distúrbio na transpiração, e as folhas do topo ficam de cor amarela ou avermelhada.
Deficiência de Zinco (Zn) na Soja
A importância do zinco (Zn): ativa várias enzimas, atua na síntese de proteínas, atua na síntese do triptofano, precursor do hormônio AIA (auxina). Auxilia na formação dos grãos.
A deficiência de zinco (Zn) causo folíolos menores, com áreas cloróticas entre as nervuras, sendo estes sintomas mais severos nas folhas do baixeiro.
Uma lavoura de soja deficiente em zinco será de cor marrom-amarelada quando vista à distância. A maturação será atrasada e poucas vagens serão produzidas.
Aplicações muito elevadas de calcário e de fósforo reduzem a disponibilidade de zinco e podem causar deficiência do elemento. A deficiência de zinco também é muito comum em regiões de baixa quantidade de chuvas, onde parte da camada de solo foi removida por erosão ou para nivelamento do terreno ou construção de terraços.
Deficiência de Cobre (Cu) na Soja
A importância do cobre (Cu): Atua na ativação das enzimas da fotossíntese e respiração. Atua na distribuição de carboidratos, atua na redução e fixação do N da FBN (Fixação biológica de nitrogênio). Auxilia na resistência a doenças fúngicas.
A deficiência de cobre (Cu) geralmente causa necrose nas pontas dos folíolos das folhas novas. Essa necrose prossegue pelos bordos dos folíolos, resultando em folhas com aparência de perda de turgidez e de água, parecendo que secaram.
O crescimento é retardado e a cor da planta muda para verde-acinzentado, verde-azulado ou cor de oliva. Para muitas espécies de plantas, altas quantidades de cobre em solução nutritiva são tóxicas e limitam o crescimento.
Deficiência de Manganês (Mn) na Soja
A importância do manganês (Mn): atua na formação da clorofila, age na síntese de proteínas. Atua na evolução do oxigênio da água (fotólise) no processo de fotossíntese (fotossistema II).
O sintoma da deficiência de manganês (Mn) em soja provoca clorose entre as nervuras das folhas. Exceto as nervuras, as folhas de soja tornam-se verde-pálido e passam para amarelo-pálido.
A deficiência de manganês difere da de ferro e da de magnésio devido às nervuras permanecerem verdes e aparecerem ressaltadas. Também na deficiência de manganês (Mn) os sintomas são visíveis primeiro nas folhas novas, enquanto na de magnésio (Mg) as folhas velhas são as primeiras a serem afetadas.
Deficiência de Ferro (Fe) na Soja
A importância do ferro (Fe): atua na transferência de elétrons, ativa enzimas. Participa da nitrogenase, enzima chave da FBN (Fixação biológica de nitrogênio).
O sintoma típico da deficiência de ferro (Fe) é caracterizada pela diminuição na produção de clorofila pela planta. A deficiência de ferro (Fe) sempre começa nas folhas novas.
No estádio inicial, as áreas entre as nervuras dos folíolos das folhas de soja passam a apresentar cor amarelada. À medida que ocorre a evolução da deficiência, também as nervuras ficam amarelas e, finalmente, toda a folha fica quase branca.
Fertilizantes Indicados
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Veja também
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Pragas da soja
Pragas iniciais ou de solo,
lagartas desfolhadoras e
insetos sugadores:
- Coró da soja
Phyllophaga cuyabana - Tamanduá da soja
Sternechus subsignatus - Lagarta-falsa-medideira
Chrysodeixis includens (Walker) (Lepidoptera: Noctuidae)
- Lagarta-da-soja
Anticarsia gemmatalis (Hubner) (Lepidoptera: Erebidae) - Lagarta-do-velho-mundo
Helicoverpa armígera (Hubner) (Lepidoptera: Noctuidae)
- Percevejo-marrom
Euschistus heros (Fabricius) (Heteroptera: Pentatomidae) - Percevejo-verde-pequeno
Piezodorus guildinii (Westwood) - Percevejo-verde
Nezara viridula (Linnaeus)
Doenças da soja
Doenças:
- Ferrugem asiática
Phakospora pachyrhizi - Oídio
Erysiphe difusa - Mofo-branco
Sclerotinia sclerotiorum - Podridão-de-carvão
Macrophomina phaseolina - Podridão radicular de Phytophthora
Phytophthora sojae
- Manca-alvo
Corynespora cassiicola - Mela
Thanathephorus cucumeris - Cancro-da-haste
Diaporthe phaseolorum f. sp. Meridionalis - Mancha-púrpura
Cercospora kikuchii - Mancha-parda
Septoria glycines
- Doenças causadas por nematóides
Mais de 40 espécies de 12 gêneros têm sido citadas como parasitas das raízes. No Brasil as espécies mais importantes são:
Heterodera glycines
Meloidogyne javanica
Meloidogyne incognita
Pratylenchus brachyurus
Rotylenchulus reniformis